O Conselho Monetário Nacional (CMN) órgão máximo do mercado financeiro regulamentou ontem, terça-feira dia 21 de julho o Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE), que prevê injetar até R$ 120 bilhões em crédito para as micro, pequenas e médias empresas (MPME).
Entendendo os pacotes de estímulo de crédito para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs)
Desde que a pandemia causada pelo Covid-19 iniciou, diversas instituições financeiras, juntamente com o CMN vêm se movimentando com objetivo de manter as pequenas e médias empresas abastecidas de crédito. Escrevemos sobre elas recentemente, veja aqui.
Dentre todas as medidas o CGPE vinha sendo considerada como a principal iniciativa para estimular o crédito as PMEs.
Diferente de outros programas, essa nova medida não terá como garantias recursos vindos da União, como é o caso por exemplo o Pronampe.
Nas novas linhas propostas pelo CGPE o risco e os recursos serão assumidos integralmente pelas instituições financeiras. Para que isso seja possível, o CMN buscou ampliar a base de capital dos bancos de forma que estes possam correr mais riscos e não venham a comprometer os limites mínimos regulamentares.
Como as instituições financeiras vão assumir o risco, as taxas de juros serão livremente acordadas livremente entre as partes, ou seja, as instituições financeiras e os clientes. Portanto, pode ser interessante ao tomador do crédito, no caso as PMEs contarem com mais de uma instituição financeira, ou até mesmo um agente para assessorá-las nestes projetos.
Taxa de juros, prazo e carência para as novas linhas de crédito
A expectativa do Banco Central (BC) é que os custos para as novas linhas de crédito fiquem entre 9% e 15% ao ano.
Apesar das taxas serem livremente acordadas entre as partes, o prazo de pagamento deverá ser de no mínimo 36 meses, com carência mínima de 6 meses.
Destinação dos recursos para as Empresas
A expectativa do BC é de que pelo menos 80% dos recursos sejam direcionados especificamente para PMEs, ou seja, empresas com receita bruta anual de até R$ 100 milhões.
Para ter uma ideia de comparação, o Pronampe, principal programa do governo para crédito às PMEs atualmente apresenta uma limitação quanto ao tamanho da empresa. Hoje o programa atende as empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões. Portanto, este novo programa deve ajudar muitos outros pequenos e médios empresários.
Como acessar outras instituições financeiras para obter crédito?
É comum os pequenos e médios empresários terem relacionamento com mais de uma instituição financeira. Também é comum que estas instituições sejam grandes bancos, o que nem sempre garante facilidade na tomada de crédito, já que normalmente existem regras, que na maioria das vezes são difíceis de serem mudadas.
Ainda assim, é possível criar relacionamentos com instituições financeiras menores, normalmente mais abertas a negociações, a ouvir o empresário e criar alternativas.
No entanto, nem sempre é fácil encontrar estas instituições financeiras, muitas vezes pelo seu tamanho acabam não tendo agencias em todas as cidades, o que dificulta a comunicação. Ainda assim, é perfeitamente possível e nesses casos, contar com um agente especializado em funding é uma boa alternativa, isso porque, por trabalharem com captação de recursos estruturados já tem inúmeros relacionamentos com bancos ou fundos de investimento, reduzindo o tempo e trabalho do Empresário.
Se você tem buscado por linhas de crédito acesse nossa página de funding e solicite o contato de um de nossos profissionais.
Fonte: Suno