Em um relatório chamado “Brasil: uma luz no fim do túnel”, o Banco UBS revisou suas projeções de queda para a economia brasileira em 2020. Com uma melhora de mais de 36% o Banco reduziu a queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% para 5,5%.
Segundo os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos, diversos fatores levaram a essa revisão, dentre eles, o auxílio de R$ 600,00 disponibilizado pelo governo de para a população mais carente, também conhecido como “coronavoucher”, se mostraram efetivas no suporte a estas famílias.
Ainda segundo os economistas, a diferença entre salários e crédito comparadas ao consumo vem diminuindo, de maneira simples, o consumo tem aumentado, portando se enxerga uma recuperação neste sentido.
Os economistas também não deixaram de citar a forte recuperação da economia Chinesa. Os últimos dados do PIB no país asiático mostraram uma alta de 3,2% na comparação anual, muito melhor que os três primeiros meses de 2020, quando apresentaram queda de 6,8%.
A melhora nos dados da economia Chinesa deve refletir no Brasil através da elevação no preço das commodities, podendo eventualmente, refletir numa moeda mais forte após a expressiva queda do Real no primeiro semestre.
As recentes quedas na taxa Selic, atualmente em 2,25% ao ano, também são pontos importantes. Segundo o relatório, os níveis atuais contribuem para a continuidade da flexibilização das condições financeiras.
Para os economistas as incertezas causadas pela pandemia do coronavirus desde seu pico tem diminuído e “deve seguir uma trajetória de melhora por conta do ambiente político menos polarizado e uma agenda de reformas renomada e ativa”.
Ainda assim, segundo Ramos e Volpon, apesar da queda na incerteza em relação a recuperação da economia, os índices devem continuar elevados. Outro ponto destacado por eles é em relação a deterioração do mercado de trabalho e os baixos níveis de investimento podem impactar na melhora sustentável da economia.
A extensão dos programas de auxílio emergência e uma possível consolidação dos gastos sociais no programa Renda Brasil também estão no radar. Segundo os economistas “Os resultados destes debates serão vitais para as perspectivas de crescimento”.
Em 2021 os economistas preveem um crescimento do PIB nacional na casa de 3%.
“Um maior viés de alta poderia se materializar com uma agenda de reformas renovada aumentando a confiança na trajetória fiscal de médio / longo prazo, mantendo os juros baixos e impulsionando investimentos em setores como o de saneamento. O risco de queda ocorreria com maiores danos ao mercado de trabalho e baixos níveis persistentes de investimentos”, avaliam.
Fonte: Infomoney