Ser empresário é um desafio diário e torna-se ainda maior quando a empresa planeja ir ao mercado de capitais, em busca de recursos financeiros de terceiros, visando a expansão de suas atividades.

Nesse sentido, existem diversas alternativas que o empresário pode optar, seja através de Fusões e Aquisições (M&A) ou através da captação do recursos junto a instituições financeiras, movimento conhecido como debt.

Mas onde o SPAC entra nessa história?

O SPAC, Special Purpose Acquisition Company em inglês, no Brasil também conhecido como Companhia com Propósito Especial de Aquisição ou simplesmente SPAC é uma modalidade de investimento onde uma empresa é estruturada com unico objetivo, a abertura de capital IPO na bolsa de valores. A partir da captalização, através do IPO, essa nova empresa, por meio de um sponsor (gestor ou idealizador do empreendimento), irá ao mercado e seu objetivo será adquirir outras empresas, menores, que apresentem grande potencial de crescimento.

De maneira resumida, podemos denominar o SPAC como o IPO do “cheque em branco”. Muito popular no mercado financeiro americano e uma novo modelo de negócio em terras tupiniquins.

Como o SPAC pode ajudar minha empresa a crescer?

Antes de sair por aí buscando por oportunidades de “cheque em branco” sugerimos que você faça a seguinte reflexão: “minha empresa está preparada para esse perfil de investimento?” Afinal, o objetivo é incorporar sua empresa em uma maior e já presente no mercado financeiro, ou seja, é traçar uma rota para chegar à bolsa de valores de maneira rápida, onde as exigências são maiores e as oportunidades também.

Seja uma pequena ou média empresa, possuir uma boa estratégia para o futuro é o primeiro passo para chegar lá!

Durante essa caminhada, dispor de boas pessoas, que de fato contribuam para o crescimento da sua empresa é fundamental. Nesse ponto, contar tanto a equipe interna, formada por profissionais qualificados, como com bons profissionais externos podem contribuir para acelerar o crescimento e capturar uma oportunidade de SPAC.

O SPAC e o IPO

A modalidade SPAC existe no mercado norte americano há quase 20 anos e vem se popularizando entre as gestoras de recursos que buscam captar recursos para investir em empresas menores, consideradas de “alto risco”. Para você ter ideia do tamanho desse mercado, até maio de 2021, os SPACs levantaram cerca de US$ 101 bilhões em captalização, número significativamente superior a 2020.

No Brasil a modalidade surge como uma novidade e consequentemente uma oportunidade para as pequenas e médias empresas, que buscam capital estratégico para crescer.

Diferente do tradicional IPO, no SPAC, os investidores contam com a capacidade técnica do sponsor para encontrar boas oportunidades de negócios. A partir daí caberá ao sponsor buscar essas oportunidades.

Os recursos levantados com o SPAC ficam reservados em uma conta bancária apartada e o sponsor tem até dois anos para encontrar a empresa que será adquirida.

A confiança dos investidores nos gestores

A nomenclatura “cheque em branco” dada ao SPAC não é aleatória, ela deriva da confiança que os investidores precisam depositar no sponsor, apostando que suas estratégias vão resultar em resultados duradouros. Nesse sentido, primeiro o empresário precisa ganhar a confiança do sponsor para posteriormente galgar os recursos dos investidores, logo, primeiro o empresário precisa fazer a lição de casa, preparar a empresa, apresentar bons resultados e principalmente, ter uma estratégia de longo prazo bem formatada.

SPAC e seus benefícios

Para o investidor o benefício, ou melhor, a oportunidade está em investir numa empresa com grande potencial de crescimento e consequentemente de retorno do seu capital.

Já para as empresas, a oportunidade reside no fato de o SPAC ser uma ferramenta ágil e com menos burocracia quando comparada a outros modelos de captação, como o IPO por exemplo, além é claro da oportunidade de captar recursos a custos menores e diretamente com investidores.

Quer saber mais sobre SPAC, entre em contato com um de nossos profissionais.

Fontes: Moneytimes; Investnews