Nesta semana o mercado foi surpreendido com a declaração da ex-presidente do FMI – Fundo Monetário Internacional e atual presidente do BCE – Banco Central Europeu, Christine Lagarde, expressando a sua completa descrença sobre a autenticidade e segurança das criptomoedas. De forma contundente, Lagarde vaticinou que “Criptomoedas não valem nada, é baseada em nada, não há um ativo atrelado para atuar como uma âncora de segurança.”

Compartilham desta visão também outros importantes atores do mercado bancário e de investimentos como Jamie Dimon, CEO do J. P. Morgan e o Veterano dos investimentos, Warren Buffet.

Entretanto, na contramão destes posicionamentos há quem acredita que as criptomoedas irão mudar o mundo da mesma forma que a internet mudou e o próprio BCE divulgou uma pesquisa apontando que 10% dos residentes de domicílios de seis importantes países da zona do euro como Holanda, França, Espanha, Bélgica, Alemanha e Itália, já investem neste tipo de ativo.

A atratividade por estas moedas está diretamente relacionada à sua estrutura disruptiva e da privacidade, onde busca-se uma independência de agentes reguladores e das economias onde as tradicionais moedas estão atreladas, como o dólar, euro e libra. É possível que boa parte do volume transacionado até o momento seja fruto de simples especulação, reserva de valor ou meio de pagamento, efetivamente. O fato é que a cada dia estão surgindo novas criptomoedas, novos investidores e é possível que estejamos testemunhando o surgimento de uma nova etapa na história da evolução do dinheiro. Apesar ainda da necessidade do preenchimento de algumas lacunas de proteção aos investidores, o conceito parece já estar implícito numa boa parcela de investidores e num movimento crescente, forçando os bancos centrais a repensarem suas estratégias, inclusive aderindo ao processo através do lançamento de suas próprias moedas digitais.

Por enquanto, parece que a decisão mais sensata é ter cautela e deixar que a apostas sejam feitas primeiramente pelos grandes investidores. Afinal, eles podem colocar um pequeno percentual no risco que, se não der certo, não vai fazer tanta diferença. Já para o pequeno investidor, isso pode ter um custo alto, pender as suas reservas por ter investido num ativo que nem os maiores especialistas ainda não se sentem seguros em recomendar.

E aí, qual a sua opinião? Deixe seus comentários, será um prazer debater isso com você.